sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Pingos

O seio toca meus lábios
A transmitir o último
Fôlego da sobrevivência.
Respiro o ritual de criança,
Alimentar as células da Alma,
Tocar o Amor partilhado.
Sopro de delicadeza, néctar de subtileza,
Cordéis íntimos.
Os fragmentos pingados,
Cobrem o orvalho.
Os fragmentos de mãe,
Cobrem a sensualidade.

Na fase adulta, licor emaranhou-se em mim.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Gemido

Quadros despidos
Numa silhueta,
Numa Alma de tempestades,
Na nudez crua.

A transparência geme,
A envolvência treme.
Geme, treme,
Treme e geme o invisível.

A virgindade infiltrada
Na sede atormentada.
A busca interna da essência dormente...
A busca do licor a brotar na fonte...
A busca do vulcão mental.

Aconchegar pétalas ao sopro
Recolher o orvalho no rosto
Humedecer a frescura do odor
Partilhar o toque selvagem do pudor

Acerca de mim