A memória dos meus seios
Entrelaçam as cordas dos gemidos.
Despidos são a purificação dos troncos.
Vestidos são as chamas dos cegos.
Desagua a Alma das flutuações,
A nudez da vibração dos vulcões,
Arrepiar frenético das provocações.
Olhar a sepultura da sensualidade
Pedaço a pedaço,
Tocar a motivação de entranhar
Gota a gota.
A memória dos meus seios
Recortam os filamentos dos esquecidos.
domingo, 7 de dezembro de 2008
Duplicidade
Escorre o leito do meu seio
A flagelar o sangue.
Castrar as veias,
Do imponente pénis
Inspiram a cadência, demência.
Vislumbrar gemidos,
Inquietar os momentos sorvidos
Ao retomar a cerimónia.
A luz quebra a ceia,
Atrela a rebeldia
Junto do desassossego vibrante,
Fortalece a suspeita
Marginal da depravação luxuriosa.
Escorregar nudez,
Ornamentar o reacender
Dum mergulho de pânico;
Sinto a decapitação do som,
Um espírito esfomeado
Na matéria ensanguentada de sémen.
Esta duplicidade sacia a Alma
A quem a harmonia cintila,
Quem deseja culminar
O sussurro na perpetuação.
Intensidade penetrante
Até ficar soterrado
Do que de mim germina,
Flutuação de sangue e sémen
Consome o que devorado treme…
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Masturbação
Respinga o pingar
Canta o cantarolar
Enrola o que rola
Chuviscos de chuva
Sinto a energia a fluir
Respinga
Sinfonia intensa
Canta
Movimentos vibrantes
Enrola
Pluviosidade caótica
Chuviscos
A cada instante
Ouve-se o trovejar...
Num momento anterior
Contrai-se o dilatar...
Na divagação
Explodem sensações...
Recai o sopro na masturbação,
Num fulgor guardado pela escuridão.
Recai a oscilação
Num ardor incessante.
Brota o sémen...
Cataratas empolgantes
A estremecer.
Canta o cantarolar
Enrola o que rola
Chuviscos de chuva
Sinto a energia a fluir
Respinga
Sinfonia intensa
Canta
Movimentos vibrantes
Enrola
Pluviosidade caótica
Chuviscos
A cada instante
Ouve-se o trovejar...
Num momento anterior
Contrai-se o dilatar...
Na divagação
Explodem sensações...
Recai o sopro na masturbação,
Num fulgor guardado pela escuridão.
Recai a oscilação
Num ardor incessante.
Brota o sémen...
Cataratas empolgantes
A estremecer.
domingo, 23 de novembro de 2008
Dedilhar
I
Estou onde não estou
Proveniente do interior
Seduzido pela provocação
Estou onde tenho que estar
II
Decapitar o pénis degolado
Pedra preciosa
Descai...
Ferve o odor
III
Congregar a assustadora
Sede de saciar-me
Sonolência
Ao vislumbrar o licor
IV
Impulso excitado
Confidências menstruadas
Pesadelo sensual
Profana o Ser
V
São trovões arrepiados
Infantis movimentos
Embriagados pelo gemido
A irradiar nudez
VI
Virgindade roça
Pedaços doados.
Oferecer amedrontadas
Vocações despidas
VII
A fé expiada
Não é pura
A fé roubada
Não é pura
A fé nua
Não é pura
A fé apenas anda descalça
Na colmeia dos baús
Estou onde não estou
Proveniente do interior
Seduzido pela provocação
Estou onde tenho que estar
II
Decapitar o pénis degolado
Pedra preciosa
Descai...
Ferve o odor
III
Congregar a assustadora
Sede de saciar-me
Sonolência
Ao vislumbrar o licor
IV
Impulso excitado
Confidências menstruadas
Pesadelo sensual
Profana o Ser
V
São trovões arrepiados
Infantis movimentos
Embriagados pelo gemido
A irradiar nudez
VI
Virgindade roça
Pedaços doados.
Oferecer amedrontadas
Vocações despidas
VII
A fé expiada
Não é pura
A fé roubada
Não é pura
A fé nua
Não é pura
A fé apenas anda descalça
Na colmeia dos baús
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Combate Embriagante
I
Posso ser o seguinte?
Vou polir a pele do suor, abrir a cave do som histérico.
Engasgo-me no último suspiro das provocações
II
Revisitar o visitante e esmagar
A respiração num espaço ínfimo.
Perfura-se a descolagem
Dentro da ilusão. Sentes?
Estou preocupado com duas coisas:
A descolagem e o visitante.
Do visitante espero que tenha um deslocamento
Despreocupado.
Despido de preferência sem
O antitudo do veneno.
Da descolagem não espero
Um corredor livre. Talvez um colapso
Até à gruta do erotismo.
É deprimente o estado
De ansiedade da pele...
III
Onde está o ruído do caos?
Humm... Sacrifício? Mutilação?
Destruição? Renascimento?
Está onde menos se espera.
No lugar conhecido por...
Pétala.
IV
Tudo o que se recolhe
Tem fragmentos estilhaçados.
Gaveta por gaveta a Alma despe-se.
Um pesadelo delicioso
Fica invisível ao olhar,
Visível à penetração dos sentimentos.
Chega o silêncio,
Ouve-se os gemidos.
V
Insónias de danças...
Invado meus lábios hoje?
Insónias de avalanches...
Invado a transpiração hoje?
Luz... escuridão...
Luz...escuridão...
Insónias
VI
Alucinação
O esquecimento na esquina
Assombradas árvores nuas
Dão-se
Nada
Quase nada
Transparente
Alucinação
VII
Força embriagante da penetração
Som viajante
Destino empolgante
Gota a gota...
Gotas suplicantes.
Posso ser o seguinte?
Vou polir a pele do suor, abrir a cave do som histérico.
Engasgo-me no último suspiro das provocações
II
Revisitar o visitante e esmagar
A respiração num espaço ínfimo.
Perfura-se a descolagem
Dentro da ilusão. Sentes?
Estou preocupado com duas coisas:
A descolagem e o visitante.
Do visitante espero que tenha um deslocamento
Despreocupado.
Despido de preferência sem
O antitudo do veneno.
Da descolagem não espero
Um corredor livre. Talvez um colapso
Até à gruta do erotismo.
É deprimente o estado
De ansiedade da pele...
III
Onde está o ruído do caos?
Humm... Sacrifício? Mutilação?
Destruição? Renascimento?
Está onde menos se espera.
No lugar conhecido por...
Pétala.
IV
Tudo o que se recolhe
Tem fragmentos estilhaçados.
Gaveta por gaveta a Alma despe-se.
Um pesadelo delicioso
Fica invisível ao olhar,
Visível à penetração dos sentimentos.
Chega o silêncio,
Ouve-se os gemidos.
V
Insónias de danças...
Invado meus lábios hoje?
Insónias de avalanches...
Invado a transpiração hoje?
Luz... escuridão...
Luz...escuridão...
Insónias
VI
Alucinação
O esquecimento na esquina
Assombradas árvores nuas
Dão-se
Nada
Quase nada
Transparente
Alucinação
VII
Força embriagante da penetração
Som viajante
Destino empolgante
Gota a gota...
Gotas suplicantes.
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