quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Combate Embriagante

I


Posso ser o seguinte?

Vou polir a pele do suor, abrir a cave do som histérico.
Engasgo-me no último suspiro das provocações


II


Revisitar o visitante e esmagar
A respiração num espaço ínfimo.


Perfura-se a descolagem
Dentro da ilusão. Sentes?


Estou preocupado com duas coisas:
A descolagem e o visitante.


Do visitante espero que tenha um deslocamento
Despreocupado.
Despido de preferência sem
O antitudo do veneno.

Da descolagem não espero
Um corredor livre. Talvez um colapso
Até à gruta do erotismo.

É deprimente o estado
De ansiedade da pele...


III


Onde está o ruído do caos?
Humm... Sacrifício? Mutilação?
Destruição? Renascimento?

Está onde menos se espera.
No lugar conhecido por...
Pétala.


IV


Tudo o que se recolhe
Tem fragmentos estilhaçados.
Gaveta por gaveta a Alma despe-se.
Um pesadelo delicioso
Fica invisível ao olhar,
Visível à penetração dos sentimentos.

Chega o silêncio,
Ouve-se os gemidos.


V


Insónias de danças...
Invado meus lábios hoje?

Insónias de avalanches...
Invado a transpiração hoje?

Luz... escuridão...
Luz...escuridão...
Insónias



VI


Alucinação

O esquecimento na esquina

Assombradas árvores nuas

Dão-se

Nada

Quase nada

Transparente

Alucinação


VII

Força embriagante da penetração

Som viajante
Destino empolgante

Gota a gota...
Gotas suplicantes.

Acerca de mim